Existe uma única forma de escrever? É possível que, muitos de nós, influenciados por ideologias românticas ou realistas, como discute Robson Cruz, acreditemos que sim. Afinal, manuais de “como escrever” ou ideais de “gênios intelectuais” são elementos que não faltam, quando o assunto é escrita.
o que mais me incomoda na escrita acadêmica é como autores ou, em alguma medida, a “academia” se obrigam a escrever de forma empolada, textos tão profundamente herméticos que só leitores muito familiarizados com o tema são capazes de compreender. ora, se o objetivo é compartilhar o conhecimento, não estão indo exatamente na contramão?
Isso existe mesmo, Pedro. Principalmente, em determinadas áreas. Temos que encontrar um equilíbrio entre a seriedade que garante a cientificidade da coisa e a comunicação mais ampla do conhecimento. Obrigado. Um abraço
Interessante, fiquei curioso sobre o livro. Fui professor de redação e literatura por muitos anos e tudo que o Robson diz faz muito sentido. Escrever é, antes de tudo e sem expectativas, lapidar um diamante que não se vê. :)
Legal sua experiência, Samuel. Imagino como é difícil ensinar redação e falar de literatura em uma sociedade onde isso é muito pouco estimulado. Eu mesmo só fui me interessar efetivamente por ler e escrever (por prazer) depois de "velho", mas reconheço que a base cultural e de exemplos que me foi dada me ajudou bastante.
Rodrigo, que alento saber que trataram dignamente uma questão tão crucial! Por longos anos ministrei o que chamava de "Metodologia do Trabalho Acadêmico". Cheguei a orientar 120 alunos em um semestre (o TCC era do tipo artigo científico). Detalhe importante: com êxito. Desmitificava, "arrancava" dos alunos o que eles já sabiam e avançávamos. Metade do tempo da disciplina nós líamos e escrevíamos "ao vivo", em sala de aula, coletivamente. Ensinava a ler, esquematizar texto, fazer fichamento. Não gastávamos 5% do tempo com ABNT e coisas tais. Cheguei a rascunhar um livro: "Metodologia do trabalho acadêmico como recurso didático-pedagógico". A ideia é que todo docente tem que colaborar no desenvolvimento da leitura e escrita acadêmica.
Que interessante, Abel. Essa prática de escrever em sala de aula é algo que posso utilizar. Gostei da ideia. Imagino sua difícil missão de orientar tanta gente ao mesmo tempo. Acaba que a precarização do trabalho docente também dificulta que possamos fazer um trabalho de qualidade sem nos prejudicar.
Rodrigo, ler e escrever em sala de aula é fundamental! Eu fazia isso nos cursos de direito, administração de empresas, sistema de informação, propaganda e publicidade, contabilidade e arquitetura. Para cada curso trabalhávamos com textos específicos. Os alunos chegam à faculdade na condição de "analfabetos funcionais". O nivelamento que fazíamos era de um bimestre, no mínimo.
Veja o que andei rascunhado (um plano de curso) e aplicando (um curso junto aos próprios colegas professores). O arquivo está compactado.
o que mais me incomoda na escrita acadêmica é como autores ou, em alguma medida, a “academia” se obrigam a escrever de forma empolada, textos tão profundamente herméticos que só leitores muito familiarizados com o tema são capazes de compreender. ora, se o objetivo é compartilhar o conhecimento, não estão indo exatamente na contramão?
Isso existe mesmo, Pedro. Principalmente, em determinadas áreas. Temos que encontrar um equilíbrio entre a seriedade que garante a cientificidade da coisa e a comunicação mais ampla do conhecimento. Obrigado. Um abraço
Interessante, fiquei curioso sobre o livro. Fui professor de redação e literatura por muitos anos e tudo que o Robson diz faz muito sentido. Escrever é, antes de tudo e sem expectativas, lapidar um diamante que não se vê. :)
Legal sua experiência, Samuel. Imagino como é difícil ensinar redação e falar de literatura em uma sociedade onde isso é muito pouco estimulado. Eu mesmo só fui me interessar efetivamente por ler e escrever (por prazer) depois de "velho", mas reconheço que a base cultural e de exemplos que me foi dada me ajudou bastante.
Rodrigo, que alento saber que trataram dignamente uma questão tão crucial! Por longos anos ministrei o que chamava de "Metodologia do Trabalho Acadêmico". Cheguei a orientar 120 alunos em um semestre (o TCC era do tipo artigo científico). Detalhe importante: com êxito. Desmitificava, "arrancava" dos alunos o que eles já sabiam e avançávamos. Metade do tempo da disciplina nós líamos e escrevíamos "ao vivo", em sala de aula, coletivamente. Ensinava a ler, esquematizar texto, fazer fichamento. Não gastávamos 5% do tempo com ABNT e coisas tais. Cheguei a rascunhar um livro: "Metodologia do trabalho acadêmico como recurso didático-pedagógico". A ideia é que todo docente tem que colaborar no desenvolvimento da leitura e escrita acadêmica.
Que interessante, Abel. Essa prática de escrever em sala de aula é algo que posso utilizar. Gostei da ideia. Imagino sua difícil missão de orientar tanta gente ao mesmo tempo. Acaba que a precarização do trabalho docente também dificulta que possamos fazer um trabalho de qualidade sem nos prejudicar.
Rodrigo, ler e escrever em sala de aula é fundamental! Eu fazia isso nos cursos de direito, administração de empresas, sistema de informação, propaganda e publicidade, contabilidade e arquitetura. Para cada curso trabalhávamos com textos específicos. Os alunos chegam à faculdade na condição de "analfabetos funcionais". O nivelamento que fazíamos era de um bimestre, no mínimo.
Veja o que andei rascunhado (um plano de curso) e aplicando (um curso junto aos próprios colegas professores). O arquivo está compactado.
https://drive.google.com/file/d/19N-7XEQWoxVZgTF3V7rQ-AGSdfFJg5YD/view?usp=sharing
Esse material é precioso, Abel. Dei uma olhada por alto, mas pretendo ler com calma. Muito obrigado por compartilhar!
À sua disposição!!